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Metodologias Ágeis: Transformando a Forma de Desenvolver Projetos

19 de outubro de 2023

No mundo da gestão de projetos, as metodologias ágeis se destacam como abordagens eficazes para melhorar a flexibilidade, a colaboração e a entrega de valor. Neste artigo, vamos explorar as cinco principais metodologias ágeis: Scrum, Kanban, SAFe (Scaled Agile Framework), XP (Extreme Programming) e Lean. Analisaremos suas similaridades, suas singularidades e forneceremos exemplos práticos para ilustrar como cada uma delas pode ser aplicada em projetos reais.

O que são Metodologias Ágeis?

Metodologias Ágeis são abordagens de gerenciamento de projetos e desenvolvimento de software que priorizam a flexibilidade, colaboração, adaptação e entrega contínua de valor. Elas são projetadas para lidar com a natureza volátil dos projetos modernos, permitindo que as equipes respondam rapidamente às mudanças nos requisitos e às condições do mercado.

Ao contrário das abordagens tradicionais, onde o planejamento é rígido e ocorre no início do projeto, as Metodologias Ágeis adotam uma abordagem iterativa e incremental. Isso significa que o projeto é dividido em pequenos incrementos de trabalho, chamados de “iterações” ou “sprints”, que geralmente têm duração de uma a quatro semanas. Cada iteração resulta em uma entrega parcialmente funcional do produto, permitindo que os stakeholders vejam o progresso e ofereçam feedback.

Principais Metodologias

1. Scrum

O Scrum é uma das metodologias ágeis mais conhecidas e é amplamente adotada. Criada por Jeff Sutherland e Ken Schwaber, o Scrum se tornou conhecido por sua abordagem estruturada e flexível para o gerenciamento de projetos, sendo baseado em iterações curtas, chamadas de sprints, que normalmente duram de duas a quatro semanas. Suas características principais incluem:

 

  • Papéis definidos:

 

  1. Scrum Master: O facilitador e guardião do processo Scrum. Ele ajuda a equipe a compreender e adotar as práticas da metodologia, remove impedimentos que possam atrapalhar o progresso e ajuda a garantir que o time esteja trabalhando de acordo com as diretrizes ágeis.
  2. Product Owner: Ele é o responsável por representar os interesses dos stakeholders e do cliente. Define e prioriza os itens no Backlog do Produto, garantindo que a equipe esteja focada em entregar o maior valor possível.
  3. Equipe de Desenvolvimento: O time de desenvolvedores é responsável por criar o produto. Ela é auto-organizada e multifuncional, o que significa que contém todas as habilidades necessárias para entregar um incremento de produto completo. A equipe planeja e executa o trabalho durante as sprints, trabalhando em estreita colaboração com o Scrum Master e o Product Owner.

 

  • Artefatos:

 

  1. Backlog do Produto: Trata-se de uma lista de todas as funcionalidades, melhorias e correções de bugs que podem ser necessárias para o produto. Esses itens são priorizados pelo Product Owner com base no valor que trarão ao cliente e à organização.
  2. Backlog da Sprint: Diz respeito a uma seleção de itens do Backlog do Produto que a equipe de desenvolvimento se compromete a concluir durante a sprint atual. Esses itens são refinados e planejados durante a reunião de Sprint Planning.
  3. Incremento: Temos aqui a versão atualizada e potencialmente entregável do produto após o término de uma sprint. Ele deve ser funcional e atender aos critérios de aceitação definidos. Cada incremento adiciona valor ao produto e pode ser potencialmente lançado para os clientes.

 

  • Eventos:

 

  1. Sprint Planning: Durante a Sprint Planning, a equipe de desenvolvimento seleciona os itens do Backlog da Sprint que serão trabalhados na próxima sprint e cria um plano para entregá-los, envolvendo a definição de metas claras para a sprint.
  2. Daily Scrum: Mais conhecida como simplesmente Daily, é uma reunião diária de curta duração (normalmente 15 minutos) em que a equipe de desenvolvimento compartilha o progresso, discute impedimentos e atualiza o plano para o dia seguinte.
  3. Sprint Review: No final de cada sprint, a equipe realiza uma Sprint Review para demonstrar o incremento concluído aos stakeholders e obter feedback. Isso ajuda a garantir que o produto esteja alinhado com as expectativas do cliente.
  4. Sprint Retrospective: Após a Sprint Review, a equipe realiza uma Sprint Retrospective para refletir sobre a sprint anterior, identificar melhorias e fazer ajustes no processo para tornar o trabalho mais eficaz e eficiente.

 

O Scrum é altamente eficaz em ambientes de desenvolvimento de software que buscam uma abordagem estruturada e interativa para a entrega de produtos.  Imagine uma equipe de desenvolvimento de software utilizando o Scrum para criar um site. Eles realizam sprints de duas semanas, onde planejam e entregam funcionalidades específicas a cada iteração.

 

2. Kanban

O Kanban é uma abordagem mais flexível e visual para gerenciar fluxos de trabalho. Criada originalmente pela Toyota. Essa metodologia se tornou conhecida por sua ênfase na visualização do processo de trabalho e na limitação do Trabalho em Progresso (WIP). No Kanban, as tarefas são representadas como cartões em um quadro e, à medida que as tarefas são concluídas, novas tarefas são puxadas para o processo. Suas principais características incluem:

 

  • Quadro Kanban: O quadro Kanban é uma ferramenta visual que ajuda a equipe a gerenciar e visualizar o fluxo de trabalho. Ele é geralmente composto por um quadro branco ou digital dividido em colunas que representam os estágios do processo de trabalho, como “A fazer”, “Em progresso”, “Em revisão” e “Concluído”. Cada tarefa ou item de trabalho é representado por um cartão ou adesivo, que é movido de uma coluna para a próxima à medida que progride pelo processo, fornecendo uma visão clara e em tempo real do status do trabalho

 

  • Limite de Trabalho em Progresso (WIP): é uma restrição que define o número máximo de tarefas ou cartões que podem estar em andamento em cada estágio do quadro Kanban ao mesmo tempo. Estabelecer um limite de WIP ajuda a evitar o excesso de carga de trabalho em qualquer estágio do processo, o que pode levar a atrasos e gargalos. Ao manter o WIP dentro dos limites estabelecidos, a equipe pode se concentrar em concluir o trabalho atual antes de iniciar novas tarefas, otimizando assim o fluxo de trabalho e a eficiência geral.

 

  • Fluxo Contínuo: O método Kanban é baseado no princípio do fluxo contínuo, o que significa que as tarefas são movidas pelo quadro Kanban à medida que progridem pelo processo. Não há sprints ou iterações definidas, como no Scrum; em vez disso, o trabalho flui organicamente conforme as tarefas são concluídas e novas são adicionadas. Isso permite uma visão em tempo real do trabalho em andamento e facilita a adaptação às mudanças de prioridades e demandas. O foco está em manter um fluxo de trabalho constante, identificando problemas à medida que surgem e ajustando o processo de acordo para otimizar a eficiência.

 

O Kanban é especialmente eficaz quando se lida com fluxos de trabalho contínuos, como quando uma equipe de marketing o utiliza para gerenciar suas campanhas. Cada coluna no quadro representa uma etapa do processo, desde o planejamento até a publicação, e eles limitam o número de tarefas em cada etapa para otimizar o fluxo de trabalho.

 

3. SAFe (Scaled Agile Framework)

O SAFe é uma estrutura ágil projetada para aplicação em organizações de grande porte. Este método se tornou amplamente conhecido por sua abordagem abrangente e específica para lidar com as complexidades envolvidas na gestão de projetos e na entrega de valor em um contexto empresarial de grande escala. Em suas características estão incluídas:

 

  • Camadas hierárquicas: Escalabilidade através de três níveis de escalas:

 

  1. Time: No nível de equipe, o SAFe se concentra no trabalho das equipes individuais. As equipes seguem metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban, para entregar valor de forma iterativa e incremental. Cada equipe é auto-organizada e trabalha de maneira colaborativa para cumprir seus objetivos.
  2. Programa: O nível de programa envolve a coordenação de várias equipes para entregar soluções maiores. O SAFe introduz o conceito de um “Agile Release Train” (ART), que é um grupo de equipes que trabalham juntas para entregar uma parte significativa do produto. Esse nível introduz o Program Increment (PI), um calendário regular de planejamento, execução e revisão que ajuda a manter o alinhamento e a coordenação em toda a organização.
  3. Portfólio: No nível de portfólio, o SAFe se concentra na estratégia de negócios e na alocação de recursos. Ele ajuda a organização a priorizar e planejar iniciativas de alto nível, alinhando-as com os objetivos estratégicos da empresa. Isso envolve a tomada de decisões sobre quais projetos ou produtos investir e alocar recursos de acordo.

 

  • PI (Program Increment): Trata-se de um calendário de planejamento que estabelece marcos regulares para coordenar esforços em toda a organização. Durante o PI, as equipes de desenvolvimento planejam e executam um conjunto de funcionalidades ou incrementos que são entregues em um período fixo. Esses PI’s geralmente duram cerca de 8 a 12 semanas e servem como uma unidade de planejamento, execução e revisão.

 

  • Papéis e responsabilidades claros: Define papéis e responsabilidades claros em cada nível de escala para garantir uma distribuição eficaz de tarefas e responsabilidades. Alguns dos papéis chave incluem:

 

  1. Release Train Engineer (RTE): O RTE é responsável por coordenar e facilitar o funcionamento do Agile Release Train (ART). Eles são o ponto focal para garantir que as equipes sigam as práticas ágeis e que o PI seja planejado e executado com sucesso.
  2. Product Owner (PO): O Product Owner é responsável por definir e priorizar o Backlog do Produto, garantindo que a equipe esteja focada em entregar as funcionalidades mais valiosas. Eles desempenham um papel crítico na garantia de que o trabalho entregue atenda às necessidades do cliente e do negócio.

 

Esses elementos ajudam a organizar e coordenar eficazmente os esforços em toda a organização, como, por exemplo, quando uma empresa de tecnologia adota o SAFe para coordenar o desenvolvimento de múltiplos produtos em diferentes equipes. Eles realizam reuniões de PI para alinhar os objetivos e planos de desenvolvimento a cada trimestre.

 

4. XP (Extreme Programming)

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O XP é uma metodologia ágil centrada em práticas técnicas sólidas que coloca a qualidade técnica no centro de seu processo. A metodologia foi criada por Kent Beck no final da década de 1990 e se tornou conhecida por suas práticas técnicas rigorosas que visam melhorar a qualidade do software e aumentar a eficiência do desenvolvimento. Suas principais características incluem:

 

  • Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD): Os desenvolvedores iniciam o desenvolvimento, escrevendo testes automatizados antes de implementar o código de produção. Isso ajuda a garantir que cada parte do software seja testada e funcione conforme o esperado.

 

  • Programação em Pares: É uma prática colaborativa do XP em que dois desenvolvedores trabalham juntos, ao mesmo tempo e no mesmo computador, para criar ou revisar código. Essa abordagem tem diversos benefícios:

 

  1. Revisão Contínua: Com dois conjuntos de olhos e mentes trabalhando no código, a qualidade do software tende a melhorar. Os programadores estão constantemente revisando o código um do outro, o que ajuda a identificar problemas, bugs e oportunidades de melhoria em tempo real.
  2. Aprendizado Compartilhado: A programação em pares promove a troca contínua de conhecimento e experiência entre os membros da equipe. Desenvolvedores menos experientes podem aprender com seus colegas mais experientes, enquanto os veteranos se beneficiam de diferentes perspectivas e abordagens.
  3. Redução de Erros: A revisão constante e o pensamento crítico de dois desenvolvedores ajudam a reduzir a probabilidade de erros no código. Problemas são identificados e resolvidos imediatamente, economizando tempo e recursos.
  4. Resolução Rápida de Impedimentos: Se um desenvolvedor encontrar um problema técnico ou um obstáculo, seu colega de programação em pares pode ajudar a resolvê-lo de maneira mais rápida e eficiente.

 

  • Integração Contínua: A Integração Contínua é uma prática na qual as mudanças de código são integradas ao repositório principal frequentemente, geralmente várias vezes ao dia. Isso é feito em conjunto com a automação de testes, e cada integração aciona a execução desses testes para verificar se o código novo ou alterado não introduziu problemas. A Integração Contínua oferece inúmeros benefícios:

 

  1. Detecção Rápida de Problemas: Ao integrar frequentemente, os problemas de integração são identificados rapidamente, permitindo que a equipe os resolva imediatamente. Isso evita que problemas se acumulem e se tornem mais difíceis de resolver.
  2. Construção Confiável: A Integração Contínua garante que o código no repositório principal esteja sempre em um estado funcional e estável. Isso facilita a implantação e a entrega contínua de software.
  3. Feedback Imediato: Os resultados dos testes automáticos fornecem feedback instantâneo sobre a qualidade do código. Isso ajuda os desenvolvedores a entenderem o impacto de suas alterações e a tomar medidas corretivas prontamente.
  4. Agilidade: A prática de Integração Contínua permite que a equipe responda mais rapidamente às mudanças nos requisitos ou no ambiente de desenvolvimento, melhorando a agilidade do processo de desenvolvimento.

 

O Extreme Programming é uma metodologia ágil que tem como principal foco as práticas técnicas sólidas para melhorar a qualidade do software, promover colaboração eficaz e entregar valor de forma consistente. Exemplo: Uma equipe de desenvolvimento de software adota o XP para criar um novo aplicativo. Eles praticam TDD para garantir que cada funcionalidade seja testada automaticamente antes de ser implementada.

5. Lean

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O Lean, originalmente desenvolvido pela Toyota como o (Toyota Production System – TPS), é uma filosofia de gestão que se concentra na eficiência, eliminação de desperdícios e na criação de valor para o cliente. Embora tenha sido concebido originalmente para a linha de produção industrial, o Lean foi adaptado com sucesso para outras áreas. Suas principais características incluem:

 

  • Identificação de desperdícios:O objetivo é eliminar atividades que não agregam valor ao cliente. Existem sete tipos principais de desperdício no Lean, também conhecidos como “Os 7 Mudas”:

 

  1. Superprodução: Produzir mais do que o necessário antes da demanda real.
  2. Estoques em Excesso: Manter grandes estoques que não são necessários imediatamente.
  3. Transporte Desnecessário: Movimentar produtos ou informações mais do que o necessário.
  4. Esperas: Tempo perdido devido à espera por recursos ou informações.
  5. Movimentação Desnecessária: Movimentar pessoas ou recursos sem valor real.
  6. Defeitos: Corrigir erros ou defeitos em produtos ou serviços.
  7. Subutilização de Talentos Humanos: Não aproveitar o conhecimento e as habilidades dos colaboradores.

 

  • Fluxo de valor: O mapeamento e otimização do fluxo de valor é outra prática-chave no Lean. O fluxo de valor refere-se ao conjunto de atividades necessárias para entregar um produto ou serviço ao cliente, desde o conceito até a entrega final. O mapeamento do fluxo de valor envolve a criação de um diagrama que ilustra todas as etapas e atividades envolvidas no processo, algumas delas são:

 

  1. Identificação de Etapas Críticas: O mapeamento do fluxo de valor ajuda a identificar as etapas críticas que agregam valor ao cliente e as atividades que não o fazem.
  2. Redução de Atrasos: Uma vez que o fluxo de valor é mapeado, as organizações podem identificar áreas onde ocorrem atrasos ou gargalos. Isso permite que sejam feitos ajustes para melhorar o fluxo e reduzir o tempo necessário para entregar valor ao cliente.
  3. Foco na Entrega de Valor: O objetivo final é criar um fluxo de valor eficiente que permita que a organização entregue produtos ou serviços com mais rapidez, qualidade e eficácia.

 

  • Melhoria contínua: Envolve a prática constante de avaliar, ajustar e aprimorar os processos. Alguns dos elementos-chave da melhoria contínua incluem:

 

  1. Kaizen: Kaizen é o conceito japonês de melhoria contínua. Significa que todos na organização estão envolvidos na busca constante por melhorias em seus processos e práticas de trabalho.
  2. PDCA (Plan-Do-Check-Act): O ciclo PDCA é uma abordagem estruturada para a melhoria contínua. Envolve o planejamento de uma mudança, a execução dessa mudança, a verificação dos resultados e a adoção das melhores práticas como parte do processo contínuo.
  3. Feedback e Aprendizado: A melhoria contínua requer feedback constante dos processos e das pessoas envolvidas. Isso pode incluir a coleta de dados, análise de desempenho e adaptação de acordo com os resultados.

 

O Lean busca a eliminação de desperdícios, a otimização do fluxo de valor e a promoção da melhoria contínua, com o propósito final de proporcionar ao cliente um valor eficiente e eficaz. Por exemplo, uma fábrica de automóveis adota os princípios do Lean para reduzir o desperdício de material e diminuir o tempo de produção. Nesse contexto, eles identificam e eliminam gargalos no processo de montagem, o que resulta na melhoria da eficiência geral da operação.

As metodologias ágeis, como Scrum, Kanban, SAFe, XP e Lean, oferecem uma variedade de abordagens para gerenciamento de projetos, permitindo que as equipes se adaptem às mudanças e entreguem valor de maneira eficaz. Cada uma dessas metodologias possui características e benefícios específicos, tornando-as adequadas para diferentes contextos e necessidades organizacionais. A escolha da metodologia certa depende do projeto e da cultura da empresa, mas todas compartilham o compromisso com a colaboração, a entrega incremental e a busca pela satisfação do cliente, que são os princípios fundamentais das metodologias ágeis.

 

Bônus – Design Thinking

 

Apesar de não estar destacada entre as metodologias ágeis, o Design Thinking é amplamente empregado no campo do desenvolvimento. Essa abordagem se destaca por sua ênfase na inovação, compreensão profunda das necessidades do usuário e soluções centradas no ser humano. Assim como o Lean, o Design Thinking é uma abordagem altamente adaptável e flexível, que pode ser aplicada em diversos contextos. Suas principais características incluem:

  • Empatia: O Design Thinking começa com a empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do usuário e compreender profundamente suas necessidades, motivações e desafios. Isso envolve a realização de pesquisas, entrevistas e observações para obter insights valiosos.

 

  • Definição do problema: Após a fase de empatia, o foco se volta para a definição clara do problema a ser resolvido. É importante garantir que o problema seja entendido de maneira abrangente e que a equipe esteja alinhada com os objetivos.

 

  • Ideação: Nesta fase, as equipes se reúnem para gerar uma variedade de ideias criativas para resolver o problema identificado. O objetivo é promover a geração de soluções inovadoras e não convencionais.

 

  • Prototipagem: O Design Thinking enfatiza a construção de protótipos rápidos e interativos das soluções propostas. Isso permite testar e refinar as ideias antes de investir recursos significativos.

 

  • Teste e iteração: As soluções são testadas com os usuários reais para coletar feedback valioso. Com base nesse feedback, as soluções são iteradas e refinadas continuamente até que atinjam o nível desejado de eficácia.

 

  • Abordagem colaborativa: O Design Thinking é geralmente realizado por equipes multidisciplinares, que trazem diferentes perspectivas e habilidades para o processo. A colaboração é essencial para gerar soluções holísticas.

 

  • Foco na criatividade: A metodologia encoraja a criatividade e o pensamento “fora da caixa”, buscando soluções verdadeiramente inovadoras para os desafios apresentados.

 

Imagine uma empresa de tecnologia enfrentando o desafio de desenvolver um novo aplicativo móvel para ajudar os usuários a gerenciar suas tarefas diárias de forma mais eficiente. A equipe conduz entrevistas com potenciais usuários para compreender suas necessidades e frustrações, projeta protótipos que atendam a estes requisitos e, em seguida, iniciam os testes com uma maior quantidade de usuários. Após estas etapas realizadas, finalmente o aplicativo é finalizado e publicado, atendendo as necessidades de usabilidade de diferentes tipos de usuários.

As metodologias ágeis podem ser combinadas, podendo trazer uma abordagem eficaz para atender às necessidades específicas de uma organização ou projeto. Por exemplo, é possível somar elementos do Scrum, que se concentra em iterações e papéis bem definidos, com o Kanban, que enfatiza a visualização do fluxo de trabalho e a limitação do Trabalho em Progresso (WIP). Essa fusão pode resultar em um processo que incorpora o melhor dos dois mundos, oferecendo a estrutura e o foco do Scrum, juntamente com a flexibilidade e a visibilidade do Kanban. Da mesma forma, a integração de práticas técnicas sólidas do Extreme Programming (XP) com o foco em eliminação de desperdícios do Lean pode criar uma abordagem única que promova a entrega de software de alta qualidade de forma eficiente. A chave para a otimização e fusão bem-sucedidas das metodologias ágeis é adaptar os princípios e práticas conforme necessário, mantendo sempre o objetivo central de entregar valor ao cliente de maneira eficaz.

Principais Características

 

Metodologias e suas principais características

 

 

 

 

Scrum

 

 

●     Interações curtas chamadas sprints(Product Owner, Scrum Master, Equipe de Desenvolvimento);

●     Divisão do projeto em papéis e eventos (Sprint Planning, Daily Scrum, Sprint Review, Sprint Retrospective).

 

 

Kanban

 

●     Visualização do fluxo de trabalho e limitação do Trabalho em Progresso (WIP);

●     Uso de um quadro Kanban para representar o processo e o controle do número máximo de tarefas em andamento.

 

 

SAFe

 

●     Escalabilidade através de três níveis de escalas (Time, Programa, Portfólio)

●     Program Increment (PI) para coordenar esforços em toda a organização.

 

 

XP

 

●     Práticas técnicas sólidas;

●     Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD)

●     Integração Contínua e entrega contínua de valor.

 

 

Lean

 

●     Eliminação de desperdícios e entrega contínua de valor;

●     Foco na identificação e eliminação de atividades que não agregam valor ao cliente.

 

 

Design Thinking

 

●     centrada no ser humano que enfatiza a empatia e a solução criativa de problemas;

●     foco na compreensão das necessidades do usuário e na geração de soluções inovadoras para atender a essas necessidades.

 

Na escolha da metodologia mais adequada, é importante considerar o contexto do projeto, a cultura organizacional e as necessidades da equipe. A flexibilidade inerente a estas metodologias permite que elas sejam adaptadas e combinadas para criar formas de trabalho personalizadas que impulsionem o sucesso dos projetos em um mundo em constante evolução.

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