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Drex – O Real Digital

23 de August de 2023

Conheça o Drex, a representação do Real em um ambiente completamente virtual

No dia 07/08/2023 foi divulgado que o Banco Central caminha para a implementação de uma moeda digital brasileira, nomeada de Drex. Veja neste artigo tudo sobre esta representação do real em formato digital.

O nome “Drex” dado à CBDC (Central Bank Digital Currency) brasileira – ou seja, a forma digital do real – foi uma referência às palavras: “Digital”, “Real” e “Eletrônico”, com a letra “X” sendo escolhida para representar a modernidade, pelo fato de ser uma moeda completamente digital.

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Por que foi criado o Drex?

Com a evolução da tecnologia e dos pagamentos digitais, naturalmente os governos e seus bancos centrais buscam formas de acompanhar essas mudanças. Segundo o Banco Central, o Drex tem como objetivo digitalizar a economia brasileira, facilitar as transações e aumentar a segurança das operações financeiras. Como consequência, também visa diminuir o custo com a criação e manutenção do papel-moeda.

 

Moedas digitais pelo mundo

O Brasil não é o único no processo de digitalização da economia. Com a divulgação do Drex, o Brasil agora faz parte de mais de 100 países que estão em fases de desenvolvimento de moedas digitais. Esta forma de incorporação de moedas virtuais já foi implementada, por exemplo, pela Nigéria, que com seu banco central “armazena” uma carteira virtual para que sua população guarde as moedas e utilize dos seus benefícios; ou pela China, onde boa parte dos trabalhadores da região leste do país já recebem o salário integral em e-CNY, que podem utilizar em compras na cidade.

 

Formas de Aplicação das Moedas Digitais
Existem diferentes formas de se chegar à moeda digital, e cada país também enxerga nesta modalidade um meio de sanar diferentes problemas subjetivos. As duas principais correntes são a de varejo e a de atacado.

  • Varejo se refere a modalidade em que os clientes terão acesso direto à moeda sem a necessidade de intermediação de bancos. Ou seja, uma integração direta com o Banco Central. Um exemplo de aplicação desta modalidade é a da China, onde o governo tenta descentralizar o monopólio de duas empresas de pagamentos eletrônicos.
  • Atacado, onde os serviços estão ligados a bancos e outras instituições financeiras como intermediárias de atividades com a moeda digital. As principais referências são países da Europa e o Canadá.

 

Como vai funcionar o Drex?

É importante frisar que o Drex não é uma criptomoeda. Apesar de usar a tecnologia blockchain, permitindo que os usuários acessem o histórico completo de operações anteriores e utilizem um banco de dados que facilita transferências com maior rapidez e transparência, a gestão será centralizada. O Banco Central será responsável pela sua regulamentação e controle, mantendo uma taxa de paridade um a um entre o Drex e o Real, em contraste com o etos de descentralização que caracteriza o ecossistema das criptomoedas.

 

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No Brasil planeja-se um sistema híbrido. As instituições financeiras seguirão como intermediadoras: os bancos terão acesso direto ao real digital junto ao BC e, por sua vez, oferecerão à população tokens referentes aos depósitos bancários. Por exemplo, para que um usuário faça uma operação utilizando o Drex, primeiro é necessário que a quantia seja convertida pelas instituições financeiras (corretoras, bancos ou instituições de pagamento) do Real para o Drex.

Com a moeda, será possível fazer pagamentos, transferências em valores ou de posse de bens, sem que haja necessidade de processos por cartório e operações via instituições bancárias ou financeiras autorizadas pelo Banco Central, que também prevê a compra e venda de títulos públicos. É importante destacar que caberá à instituição definir o custo para o serviço ofertado utilizando o Drex.

O Drex ainda está em fase de testes, tendo a expectativa de que a nova moeda seja liberada para o público no final de 2024, segundo o coordenador da iniciativa do real digital pelo BC, Fábio Araújo.

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