Antlia Tecnologia & História - Marie Curie

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Antlia Tecnologia & História – Marie Curie

30 de março de 2023

Marie Curie é uma das principais cientistas de nossa história. Laureada duas vezes com o Prêmio Nobel de Física e depois de Química, foi importante para o desenvolvimento de estudos na área da radioatividade e na inclusão das mulheres no meio acadêmico. Neste artigo vamos conhecer um pouco mais de sua vida e como ela impactou a história.

 

História:

Nascida dia 7 de Novembro de 1867 em Varsóvia, na Polônia, Maria Sklodowska era a mais nova de cinco irmãos, filha de um casal de professores. Após a morte de sua mãe, Maria precisou trabalhar como governanta para ajudar no sustento de sua família, estudando apenas nas horas vagas.

Tornar-se professora não era uma possibilidade real por conta da falta de dinheiro para bancar seus estudos, pelo menos até sua irmã oferecer ajuda para que ela ingressasse na Universidade de Sorbonne, na França, em 1891. Lá, ela estudou física e matemática.

 

Antlia Tecnologia & História - Marie Curie

 

Foi em Paris, no ano de 1894, que ela conheceu Pierre Curie, que viria a se tornar seu parceiro de pesquisas e marido, um ano depois. Nessa mesma época ela adotou a grafia francesa para seu nome, Marie.

Os Curies se tornaram pesquisadores na Escola de Química e Física de Paris, onde iniciaram os estudos sobre raios invisíveis emitidos por urânio, um fenômeno recém-descoberto por Henri Becquerel.

 

Marie e Pierre Antlia Tecnologia & História - Marie Curie

 

Durante estes estudos ela descobriu um novo elemento químico, o Polônio. Utilizando técnicas da época, ela conseguiu extrair este elemento, que era 330 vezes mais radioativo que o urânio. Investigando profundamente, os Curies perceberam que o líquido que sobrara na extração do Polônio era extremamente radioativo. Comprando recursos e sobras de uma fábrica austríaca, conseguiram material suficiente para concluir os estudos e registrar mais um elemento: Rádio.

Esta pesquisa cobrou seu preço. Durante o período, o casal começou a se sentir doente e fisicamente cansado. Hoje sabemos que foi a manipulação de elementos com alto índice de radiação a causa desses sintomas.

 

Prêmio Nobel

Em 1903, Marie e Pierre foram laureados com o Prêmio Nobel de Física junto com Henri pelos seus estudos sobre a radiação. Neste mesmo ano Marie foi aprovada em seu doutorado em física.

Em 1911, Marie recebeu seu segundo Nobel, desta vez de Química, por encontrar formas de medir a radioatividade. Pouco tempo depois, Sorbonne, a faculdade onde ela lecionava, criou o primeiro instituto sobre radioatividade do mundo com dois laboratórios: um para estudos sobre radioatividade, dirigido pela própria Marie Curie, e outro para pesquisas biológicas do tratamento do câncer.

 

Legado

Em 4 de Julho de 1934, com 66 anos, Marie Curie faleceu. A causa foi atribuída à anemia perniciosa aplástica, condição desenvolvida após anos de contato com a radiação enquanto desenvolvia seus estudos.

Ela teve duas filhas com Pierre: Irene e Eve. Irene, assim como a mãe, se tornou pesquisadora e também ganhou um Prêmio Nobel com pesquisas na área da radiação.

 

A cientista com as Filhas

 

Em 1995, as cinzas de Marie e Pierre Curie foram transferidas para o Panteão de Paris, onde são enterradas pessoas de destaque na história da França.

 

Curiosidade

O laboratório onde Marie atuava é chamado por muitos de “Chernobyl do Sena”, em referência ao rio que corta Paris e à radiação ainda presente no local. Mas, em homenagem à cientista, o laboratório seguiu sendo utilizado por décadas como sede do Instituto de Física Nuclear da Faculdade de Ciências de Paris, sem que soubessem que a radioatividade em seu todo era demasiadamente alta para o seu contato com qualquer coisa.

 

Museu Marie Curie - Antlia Tecnologia & História - Marie Curie

 

No final de sua vida, Marie Curie trabalhou nesse local, sem proteção, com alguns dos metais radioativos mais perigosos, de tório e urânio até polônio. De acordo com o que escreveu em sua autobiografia, um de seus prazeres durante a noite era ver os clarões azul-esverdeados que escapavam dos metais “como tênues luzes de fadas”.

Ao manusear os metais radioativos, escrevia e desenhava em seus cadernos, que ficaram impregnados com os átomos de tudo que ela tocava.

Somente anos depois de sua morte a maioria dos países proibiu o uso comercial desses metais. O primeiro foi os Estados Unidos, em 1938. Foi um golpe para várias indústrias, porque os materiais radioativos, a raiz dos descobrimentos de Curie e seus prêmios, haviam se tornado tão populares que eram usados para fabricar desde cremes para o rosto até lâminas de barbear e roupas íntimas.

 

Referências:

Instituto Marie Curie: Marie Curie, a cientista

BBC

 

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