Grace Hopper foi uma das pessoas mais importantes da história da computação e teve papel fundamental na criação de uma das primeiras linguagens de programação. Logo abaixo, você acompanhará sua história e influência no mundo da tecnologia como conhecemos hoje.
O início
Desde muito nova, Grace Murray Hopper se interessava por engenharia. Nascida no dia 9 de dezembro de 1906, em New York City, ainda criança tinha o hábito de desmontar os utensílios domésticos e remontá-los. Ela estudou em uma escola preparatória de New Jersey e, depois de se formar como bacharel no Vassar College, Hopper foi para a Universidade de Yale, onde conquistou seu mestrado e PhD em matemática.
Durante a Segunda Guerra Mundial
Em 1943, Grace deixou o cargo de professora no Vassar College para ingressar na Marinha WAVES (Mulheres aceitas para o serviço voluntário de emergência). Um ano depois, ela foi comissionada como tenente grau júnior e designada para o Bureau of Ordnance Computation Project, projeto de computação da Universidade de Harvard. Neste período, ela e sua equipe produziram o Mark I, um dos primeiros protótipos de computador eletrônico da história.
Pós-Guerra
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Grace se tornou pesquisadora do corpo docente de Harvard e, 4 anos depois, ingressou na Eckert-Mauchly Corporation, dando continuidade ao seu trabalho pioneiro em tecnologia de computadores. Hopper participou da criação do UNIVAC, o primeiro computador digital totalmente eletrônico. Ela também inventou o primeiro compilador de computação, um programa que traduz instruções escritas em códigos que os computadores podem ler diretamente. Esse trabalho permitiu que participasse do desenvolvimento da COBOL, uma das primeiras linguagens de computação padronizadas. A COBOL deu aos computadores a capacidade de responder a palavras além de números.
COBOL
A COBOL (Linguagem Orientada a Negócios) teve seu desenvolvimento iniciado em 1959. Seu objetivo primário foi facilitar o processamento de dados de negócios. Isso, rapidamente, fez com que ela se tornasse a primeira linguagem de alto nível, amplamente utilizada no mercado de sistemas mainframes. A COBOL é uma linguagem compilada, flexível e segura, com grande capacidade de processamento. Ela foi desenvolvida com base em outras duas linguagens: a FLOW-MATIC e a COMTRAM.
Atualmente a COBOL vem caindo em desuso devido ao crescimento e desenvolvimento de outras linguagens de programação, porém, sua importância e influência no mundo da computação é reconhecida até os dias de hoje.
O restante de sua carreira
Hopper também lecionava por meio de computadores, dando cerca de 300 palestras por ano. Ela também previu que um dia, os computadores seriam pequenos o suficiente para caber em uma mesa e as pessoas que não fossem programadores os usariam em sua vida cotidiana.
Durante grande parte de sua carreira, Grace manteve conexão com a Reserva Naval. Em 1966, ela alcançou o posto de Comandante e, no ano seguinte, foi recrutada de volta ao serviço ativo. Consequentemente, foi designada para a equipe de Operações Navais como Diretora do Grupo de Linguagens de Programação da Marinha. Foi promovida a capitã em 1973 e, no mesmo ano, nomeada ilustre membro da British Computer Society, até então a primeira e única mulher a deter esse título.
Em 1983, Hopper foi promovida a Comodoro e a contra-almirante dois anos depois disso. Em 1987, ela recebeu a Medalha de Serviços Distintos da Defesa, a mais alta condecoração concedida a quem não participou de combate.
Após a aposentadoria da Reserva Naval, Grace Hopper voltou para as salas de aula, onde lecionou até sua morte, em 1 de janeiro de 1992. Embora Grace tivesse muitas realizações na carreira, ela declarou a seu biógrafo, que sua maior alegria era ensinar. Em 2016, ela recebeu postumamente a Medalha Presidencial da Liberdade. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Nacional de Arlington, em Virgínia.
Curiosidade
Enquanto trabalhava no projeto do Mark I, Hopper usou a palavra “bug” para se referir a um mau funcionamento do computador, expressão que até hoje é utilizada ao redor do mundo.
Referência:
https://www.womenshistory.org/education-resources/biographies/grace-hopper
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