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Adoção de Containers: Docker e Kubernetes em Projetos de TI

16 de dezembro de 2024

Adoção de Containers: Docker e Kubernetes em Projetos de TI: Em um cenário tecnológico em constante evolução, empresas e profissionais de TI buscam ferramentas que tornem o desenvolvimento, a entrega e a manutenção de software mais ágeis e eficientes. Nesse contexto, Docker e Kubernetes se destacaram como soluções indispensáveis. Docker, com sua abordagem inovadora de containers, transformou a maneira como aplicações são desenvolvidas e implantadas, enquanto o Kubernetes trouxe poder e flexibilidade para gerenciar ambientes em escala, garantindo alta disponibilidade e resiliência.

A transição para containers representa um marco na modernização da TI, proporcionando maior portabilidade, eficiência no uso de recursos e facilidade para implementar arquiteturas modernas, como microsserviços. Ao mesmo tempo, entender as diferenças entre containers e tecnologias tradicionais, como máquinas virtuais (VMs), é essencial para escolher a abordagem mais adequada para cada projeto.

Diferenças entre Docker e VMs

Com a crescente necessidade de desenvolver, implantar e escalar aplicações de maneira ágil e eficiente, ferramentas como Docker têm ganhado destaque no mundo da tecnologia. Docker é uma plataforma de código aberto que permite criar, empacotar e executar aplicações em containers. Os containers são ambientes leves e isolados que contêm tudo o que uma aplicação precisa para ser executada — como código, bibliotecas e dependências — garantindo que a aplicação funcione de forma consistente, independentemente do ambiente em que está sendo executada.

Uma das principais inovações do Docker é o uso de containers para otimizar a execução de aplicações. Diferentemente de máquinas virtuais (VMs), que virtualizam todo um sistema operacional, os containers compartilham o kernel do sistema operacional do host. Isso torna os containers mais leves, rápidos e eficientes no uso de recursos, já que não precisam carregar um SO completo em cada instância.

Para entender melhor, é importante destacar algumas diferenças fundamentais entre Docker e máquinas virtuais. As VMs utilizam um hypervisor para executar sistemas operacionais completos de maneira isolada. Isso oferece um nível de isolamento mais profundo, mas com maior consumo de recursos, já que cada VM precisa de sua própria instância de SO e recursos virtualizados de hardware, como CPU, memória e disco. Como resultado, VMs tendem a ser mais pesadas, ocupando gigabytes de armazenamento e demorando minutos para inicializar.

Por outro lado, os containers do Docker são significativamente mais leves, ocupam poucos megabytes e podem ser iniciados em segundos. Eles compartilham o kernel do SO do host, mas ainda assim proporcionam isolamento suficiente para a maioria das aplicações. Isso faz do Docker a escolha ideal para cenários como desenvolvimento ágil, microsserviços, pipelines CI/CD e ambientes de nuvem, onde a portabilidade e a eficiência são cruciais.

Embora as VMs continuem sendo úteis em situações que exigem isolamento completo, como execução de sistemas operacionais distintos ou aplicações legadas, os containers do Docker oferecem uma solução moderna e eficiente para os desafios da computação atual. Em resumo, enquanto as VMs emulam máquinas inteiras, os containers focam em isolar aplicações de forma leve e ágil, permitindo que as equipes de TI maximizem o desempenho e a escalabilidade de seus projetos.

Entendo Kubernetes

Kubernetes, ou K8s, é uma plataforma de código aberto para orquestração de containers, projetada para implantar, gerenciar e escalar aplicações de forma automatizada e eficiente. Originalmente desenvolvido pelo Google, o Kubernetes é hoje um padrão de mercado, amplamente adotado por empresas que buscam agilidade, resiliência e alta disponibilidade em seus sistemas.

Enquanto o Docker é responsável por criar e executar containers, o Kubernetes atua como um “orquestrador” desses containers em ambientes complexos. Imagine que você possui dezenas, centenas ou até milhares de containers executando diferentes partes de uma aplicação (como APIs, bancos de dados e serviços de front-end). Gerenciá-los manualmente seria inviável. O Kubernetes resolve esse problema ao oferecer recursos como:

  • Automação de Deploy: Garantir que a versão mais recente da aplicação seja distribuída de forma consistente em todos os containers.
  • Escalabilidade Automática: Aumentar ou reduzir o número de containers conforme a demanda da aplicação.
  • Resiliência: Monitorar e reiniciar containers que falham, garantindo alta disponibilidade.
  • Gerenciamento de Rede: Configurar automaticamente o tráfego entre containers, além de balanceamento de carga.

Como Kubernetes interage com Docker?

O Kubernetes usa o Docker (ou runtimes compatíveis) para criar e executar containers. O Docker empacota a aplicação e suas dependências, enquanto o Kubernetes gerencia a implantação e o ciclo de vida desses containers em clusters um conjunto de máquinas (físicas ou virtuais) que trabalham juntas.

No fluxo típico, você usa o Docker para criar uma imagem do container e, em seguida, utiliza o Kubernetes para especificar como essa imagem será implantada, em quantos containers, e com quais políticas (como escalabilidade e tolerância a falhas). O Kubernetes se encarrega de implementar essas definições automaticamente.

Benefícios de usar Docker e Kubernetes juntos

  1. Portabilidade e Consistência: Com Docker, você pode garantir que sua aplicação funcione da mesma forma em diferentes ambientes. Kubernetes complementa isso ao permitir que você gerencie esses containers de forma uniforme, independentemente do local onde estão sendo executados (data center, nuvem, ou ambientes híbridos).
  2. Escalabilidade Fácil: O Kubernetes permite escalar aplicações baseadas em containers automaticamente, respondendo a aumentos de tráfego ou demandas de processamento, enquanto o Docker garante que cada instância do container seja leve e eficiente.
  3. Resiliência e Alta Disponibilidade: O Kubernetes monitora os containers em execução, reiniciando aqueles que falham e redistribuindo cargas quando necessário. Essa capacidade garante que as aplicações permaneçam disponíveis, mesmo em cenários de falhas.
  4. Gestão Automatizada: Tarefas manuais, como balanceamento de carga, atualizações sem tempo de inatividade (rolling updates) e alocação de recursos, são automatizadas pelo Kubernetes. Isso libera as equipes para focar em melhorias na aplicação em vez de gerenciamento operacional.
  5. Adoção de Microsserviços: A combinação de Docker e Kubernetes facilita o desenvolvimento de arquiteturas baseadas em microsserviços, onde cada serviço pode ser isolado em um container, implantado e escalado de forma independente.

Conclusão
Docker e Kubernetes são uma dupla poderosa para modernizar a infraestrutura de TI. Enquanto o Docker simplifica a criação de containers portáveis, o Kubernetes adiciona inteligência e automação para gerenciar esses containers em escala. Juntos, eles permitem que as equipes implementem soluções robustas, escaláveis e resilientes, alinhadas às demandas da computação em nuvem e das aplicações modernas.

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